Por vezes, vemo-nos num ciclo em que não conseguimos sair facilmente. Foi o que aconteceu comigo quando comecei a jogar em slots.

Hoje venho falar um pouco da ilusão que é o mundo dos jogos de casino online. É um dos fatores que prendem as pessoas propícias a entrarem neste mundo e ficarem viciadas. Aconteceu comigo, acontece com milhares de pessoas pelo mundo fora.

Como já disse em textos anteriores, a maioria dos apostadores começa a apostar com valores pequenos, mas também já referi que a linha que leva a passar de valores pequenos, para valores altos, é muito ténue. Quando damos por nós, estamos a apostar valores que nos fazem falta. E o que acontece?

Acontece que em algumas dessas vezes vamos ganhar bons prémios, que nos dão a sensação de que numa próxima vez, não muito distante, vai acontecer o mesmo. Vou deixar-vos alguns exemplos que aconteceram comigo.

Agora a pergunta que se deve fazer. Para onde foi canalizado esse dinheiro ganho? Eu respondo. Voltou para o mesmo sítio, para os casinos online. Por norma, quando ganhava um prémio grande, enviava uma fatia grande para a minha conta bancária e deixava uma quantia pequena para continuar a jogar. Quando dava por mim, o dinheiro que tinha enviado para a conta bancária, estava de volta ao jogo.

Lembro-me bem das vezes que ansiava receber o meu vencimento e, no dia em que o recebia ou no dia seguinte, já não tinha dinheiro.

Ainda me recordo bem da sensação que era ganhar esses prémios, mas recordo-me ainda melhor, das vezes em que o perdia e ficava sem dinheiro e esse sentimento perdura mais do que o sentimento da vitória.

Nenhum casino online perde dinheiro. Quem perde somos nós. Só que estamos inseridos num mundo em que tudo nos prende a esse sítio. Seja o grafismo das slots, seja o som das slots a rodar, sejam os bónus que as casas oferecem para nos prenderem, sejam os vídeos que vemos nas diversas plataformas, com jogadores a ganharem prémios exorbitantes. Tudo isso cativa, para quem tem a mente mal programada.

Eu ganhei muito dinheiro, mas perdi muito mais, por entre dinheiro investido e dinheiro reinvestido.

Mas chega um momento em que temos de ser nós a dizer chega. Temos que ser nós, mais ninguém. As medidas que tomei, fizeram com que já não jogue há meses e honestamente não tenho sentido falta.

 Digo sempre às pessoas com quem vou falando, que quando escrevo aqui, lembro-me sempre que não vou voltar ao sítio onde não quero estar. Por isso ocupo os meus dias com atividades que me fazem bem e que divergem a minha mente para outro sítio.

Fica feito o alerta para aqueles que como eu, passaram ou continuam a passar pelos mesmo.

Digam não ao jogo. Digam sim a uma vida normal.

(Se algum de vocês está a passar por uma fase complicada relacionada com este tema e precisar desabafar, podem entrar em contato comigo. Ninguém está sozinho.).