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Desculpem e obrigado.

31 Jan, 2025
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Desculpem e obrigado.

31 Jan, 2025

Família. É a base de tudo. É base daquilo que somos. A minha família deu-me tudo e eu nem sempre retribuí da melhor forma. Independentemente de tudo, estiveram sempre comigo.

A publicação de hoje, é simples. É um pedido de desculpas. Aliás, são vários. E este pedido de desculpas é principalmente direcionado a uma pessoa, a minha mãe.

Normalmente, em contextos normais, dizemos “a minha mãe é a melhor mãe do mundo”. Eu não sei se a minha é a melhor do mundo, mas se cada vez que eu nascesse de novo, e pudesse escolher, escolheria sempre a minha.

Ninguém imagina, nem eu, o que uma mãe passa ao ver um filho a passar pelo que eu passei. O que é certo, é que em todas as asneiras que fiz, ela nunca desistiu de mim e isso custou-lhe muito. Custou a nível de saúde mental essencialmente.

A cada vez que ela desconfiava que eu estava a jogar, a cada vez que, depois de eu gastar o dinheiro que tinha ia pedir uns trocos para ir beber café, tudo isso contribuiu para que ela também fosse afetada pelo problema.

Em todos os meus falhanços, em todos os meus períodos negros, ela esteve lá a estender-me a mão. E não há nada que pague isso. É amor. Amor de uma mãe por um filho.

E por isso, especialmente para ela, o mais sincero pedido de desculpas por todo o mal que causei a nível de saúde e um obrigado do tamanho do mundo, por nunca ter desistido de mim. Tenho um orgulho enorme na minha mãe.

Quero mencionar aqui o meu irmão, que apesar de ser mais novo, muitas vezes fez o papel de irmão mais velho. Por telefonemas, por mensagens. Ele é também um dos responsáveis por hoje eu estar numa posição melhor.

Ao meu pai, que apesar do seu feitio, esteve sempre ao meu lado, à sua maneira. Mas a sua maneira, é melhor do que maneira nenhuma.

A todos aqueles que tentaram erguer-me (não foram muitos), obrigado pela força, pelas palavras, por me tentarem tirar de casa quando não me apetecia fazer nada, nem ver ninguém.

Sem nada disto, muito provavelmente ainda estaria na mesmas situação, no mesmo ciclo vicioso, sem saber onde iria parar.

E estas atitudes não se esquecem, ficam sempre marcadas em nós.

Uma palavra àqueles que se afastaram, que ignoraram, que escolheram não se envolver. Também fizeram e fazem parte do meu crescimento pessoal, porque a vida é feita de escolhas e hoje eu também faço as minhas de forma mais clarividente. Nã guardo rancor a ninguém.

Espero continuar com aqueles que gostam de mim, que pretendem ver as minhas conquistas, que me querem ver bem nos desafios que se avizinham.

Por isso, para concluir, duas palavras: Desculpem e obrigado.

Digam não ao jogo. Digam sim a uma vida normal.

(Se algum de vocês está a passar por uma fase complicada relacionada com este tema e precisar desabafar, podem entrar em contato comigo. Ninguém está sozinho.)

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